Setembro 29 2009

Se não fosse lastimável, até podia ser paródia. Cavaco Slva, na declaração de hoje, em vez de acalmar o ambiente, como é necessário num período em que terá de pedir a José Sócrates para formar governo, meteu mais achas numa fogueira onde vai acabar por se queimar.

Declaração absurda, que me faz acreditar no que me dizem algumas pesssoas: o homem está muito doente.

Confirmou o que todos já sabíamos. As acusações publicadas no "Público" sobre escutas e vigilância eram falsas. Só não explicou porque as veiculou um acessor muito próximo do PR e que ele não demitiu, apenas mudou de funções. Note-se que ninguém desmentiu o envolvimento desse acessor. Portanto, andaram a conspirar forte e feio - embora de forma tosca - em Belém.

Estranhamente quiz fazer crer que aquilo que o "Público" publicou contra o PS era afinal uma maquinação - com a ajuda do seu acessor? - do PS contra si. E porquê? Pasme-se: porque certos dirigentes do PS (nem sequer o porta-voz ou o Secretário Geral, que são quem pode falar em nome do PS, do mesmo modo que só Cavaco ou os chefes das Casas Civil e Militar podem falar em nome da Presidência da República), repito, certos dirigentes, tinham criticado membros da Casa Civil por exercerem o seu direito de participar activamente na preparação da campanha do PSD. Ora, pergunto eu, o que é que uma coisa tem a ver com a outra? Mesmo que tenha razão quanto ao erro dessa crítica, o que é que justifica a atoarda da vigilância? Estamos perante uma verdadeira paranóia, ou apenas face à desorientação de quem talvez tenha percebido que meteu o pé na argola e acaba agora a meter os pés pelas mãos?

Disse Cavaco duvidar da veracidade do mail publicado pelo DN. Onde se foi meter! O DN vai ter que responder. Apresentou documentos falsos? É outra acusação muito grave e que não vai poder provar. Isto é, que vai ter de engolir.

E depois disse uma coisa que qualquer criança sabe e que só comentadores políticos incautos tomarão em consideração: que o sistema informático da Presidência não é invulnerável. Devem ter-lhe dito - ele é de uma outra era e não tem de perceber nada de TIC - que um sistema invulnerável não existe nem na Casa Branca. Mas será mais seguro do que qualquer outro do país, ao que julgo saber, dadas as protecções que o rodeiam.

O pior de tudo é que o período de instabilidade já começou. Até aqui eram só os partidos das oposições que se revelavam inflexíveis e incapazes de negociar para proteger o interesse do país. Mas agora, pelas declarações que fizeram, parece que encontraram um líder comum: Cavaco Silva. Contra o PS, vale tudo. Enfim, têm o líder que merecem.

Luís Capucha

 

publicado por cafe-vila-franca às 23:12

Setembro 28 2009

Sei que pode parecer delírio, mas a minha interpretação do resultado do PS é a seguinte: 1. uma campanha de há muito lançada de forma conjugada pela comunicação social e por toda a oposição, com intervenção dos obscuros meandros policiais que inventaram o caso "Freeport" como fizeram com outros casos no passado, mais a ajuda da incapacidade do governo para conduzir as reformas necessárias em alguns sectores, a que ainda poderemos juntar os efeitos da crise internacional, conduziram a um descontentamento de muitos eleitores que tinham  votado PS contra um calamitoso PSD em 2005; 2.  As eleições europeias e o voto (ou não voto) de protesto desses eleitores deram a Manuela Ferreira Leite e ao Bloco de Esquerda uma vitória que a primeira não esperava e o segundo procurou à custa da total ausência de escrúpulos políticos; 3. a perspectiva de um governo chefiado por Ferreira Leite e o péssimo desempenho do Louçã na campanha levaram muita gente a optar pelo voto útil no PS, o que se traduzia nas sondagens (depois do empate técnico quinze dias antes, a dias das eleições o PS disparou para um valor  entre 38 e 40%); 4. como as sondagens divulgaram esses resultados, muitos dos eleitores que queriam penalizar o PS mas não queriam que a Ferreira Leite ganhasse acabaram por se abster (já não era necessário engolir o sapo), trazendo o PS para os 36%.

Este resultado indicia uma legislatura muito complicada. A tese de todos os partidos da oposição é que o fim da maioria absoluta será bom porque obrigará Sócrates a negociar mais. Mas, para haver negociação, é preciso que os outros partidos queiram. Ora, nenhum partido esboçou o menor sinal de abertura para negociar. Particularmente grave é a atitude do PCP e do Bloco de Esquerda. Do primeiro já se sabia que parou no tempo em 1975, é do contra, e pronto. Mas do Bloco esparava muito gente que nele votou uma atitude responsável, que puxasse o governo para a esquerda, mas permitindo a governação. Ambos mantiveram o discurso do PS "inimigo nº 1" (Louçã, "o justiceiro", foi para além de fundamentalista como sempre, também mesquinho no discurso da noite eleitoral), o que pode ser muito mau para todos. Resta esperar que o novo governo aprofunde a corajem reformista, com um pouco mais de esquerda nas suas opções. Assim obrigará cada qual a assumir a sua responsabilidade.

 

Agora começaram as autárquicas. Não conto pronunciar-me mais sobre o assunto até ao dia posterior às eleições. E focalizarei apenas o caso de Vila Franca de Xira.

Antes de me calar quero apenas avançar com o que, a meu ver, poderá vir a acontecer. Faço-o aqui do mesmo modo que já há meses o fiz noutros locais, nomeadamente no interior do Partido em que milito.

O Partido Socialista, com Maria da Luz Rosinha, ganhou há cerca de 12 anos atrás as eleições, com uma escassa margem. Teve o seu melhor período como Presidente da Câmara e ganhou quatro anos depois com maioria absoluta, a qual viria a renovar e alargar nas eleições seguintes. Cresceram as maiorias mas a gestão do concelho foi sempre piorando (a seu tempo fundamentarei esta apreciação, sector a sector) e a qualidade dos seus vereadores foi cada vez mais fraca, ao ponto de tocar as raias do absurdo nas listas elaboradas para as presentes eleições. O eleitorado está descontente. Maria da Luz Rosinha poderia ter feito uma renovação dos candidatos de modo a alargar a base de apoio, mas recusou-se. Provavelmente perderá, por isso, a maioria absoluta. Não sei por quantos.

Procurará coligar-se ao PSD e não sei se conta terminar o mandato. Mas se este cenário se verificar, a Maria da Luz terá de ser responsabilizada. Ele era evitável.

Oxalá esteja enganado.

publicado por cafe-vila-franca às 20:25

Setembro 25 2009

Se os resultados das sondagens não desmobilizarem algumas pessoas que julgam ser um preço demasiado elevado a pagar pelo castigo ao governo de José Sócrates deixar que Manuela Ferreira Leite ganhe as eleições, o PS vai ganhar. O Bloco de Esquerda e o CDS/PP também. A este não lhe servirá de nada a vitória, mas também não lhe fará mal. Já ao BE as coisas podem complicar-se, porque o aumento da votação vai requerer maior responsabilidade a um partido cuja cultura é a da irresponsabilidade.

Os perdedores são o PSD e Cavaco Silva.

O PSD perde porque as intenções de voto revelam um desejo claro dos portugueses manterem o modelo social e político que temos vindo a construir, que não é perfeito (já Churchill procurava um, mas não o encontrou) e precisa de aprofundamento, mas nunca de recuo. Aprofundamento que consolide os avanços registados na igualdade de oportunidades e nas qualificações; nas políticas activas de protecção social; na modernização do trabalho de molde a adptar-se às condições de uma economia aberta. Precisa também da coragem e visão como a que permitiu a reforma na educação, para enfrentar interesses atávicos que ainda prevalecem na justiça, na regulação do mercado, na segurança e na saúde. Uma agenda exigente para o novo governo.

Cavaco Silva perde porque foi desmascarado. Que era provinciano já todos sabiam. Mas que não era pessoa em quem se confie, um vulgar intriguista, poucos suspeitavam. E o amadorismo com que intrigou fez cair a imagem de pessoa competente que possuía. Sai das eleições a mostrar que não merece o cargo que ocupa.

Segunda-feira cá estamos para ver como vão parar as modas.

Agora uma nota fora do contexto. Parece-me inconcebível o modo como a corporação dos magistrados reage ao congelamento da nota de avaliação do Juíz Rui Teixeira. Era o que faltava, atribuir uma avaliação de  "muito bom" a um Juíz que prendeu um inocente. Ele devia era pagar pelo mal que fez, não sei se simplesmente por incontida vaidade e afã de protagonismo, se por razões bem piores.

Luís Capucha

 

publicado por cafe-vila-franca às 23:34

Setembro 14 2009
Começou a campanha e não sei como vai acabar. Espero que termine com uma vitória da esquerda. Os debates televisivos entre os líderes partidários tiveram uma nota, acho eu, muito curiosa. Sócrates conseguiu em todos eles deslocar a discussão do balanço do seu governo para os programas da oposição. Demonstrou o que queria: pense-se o que se pensar dele, é o único candidato consistente. Teve representações verdadeiras. Representa bem o papel do político profissional, pragmático, ideologicamente descafeinado, candidato em nome do que agora chamam “esquerda moderna” (deixemos este ponto para outra ocasião). Preferia Ferro Rodrigues, claro. Mas esse não vai a votos. Paulo Portas também representa bem. É o político populista que pesca nas zonas mais profundas do conservadorismo das classes decadentes. Jerónimo de Sousa é outro bom actor. Mostra logo ao que vem: sabe que o seu programa é resgatado do caixote do lixo da história e que não defende nada nem ninguém a não ser a própria conservação do seu espaço político, que em tempos de crise atrai alguns segmentos mais tradicionais das classes populares e dos interesses de corporações pequeno-burguesas ligadas ao aparelho do estado. Vem, pois, para sobreviver enquanto esses sectores tiverem capital de queixa. Já o dogmático Louçã mostrou que a sua representação é totalmente falsa. O temível e infalível beato de espada em riste, totalmente devotado à tarefa de espiar os pecados do mundo e livrá-lo de todos os malfeitores, afinal, esconde o seu programa e a sua ideologia, como os mais oportunistas dos adversários que denuncia. Descobriu-se o embuste. Talvez resista, porém, porque a demagogia pode render em tempos como os que correm. Manuela Ferreira Leite, menos sofisticada, também representou mal. A imagem do “político que só fala verdade” foi-se. A propósito dos mais variados assuntos (o TGV é um exemplo paradigmático), o que ontem era a convicção mais profunda tornou-se hoje a ideia mais perversa. O que era imagem de coragem e seriedade revelou-se afinal cedência à pressão da rua do PCP na educação, incapacidade para romper com o amigo colorido pronunciado pela Justiça na constituição das listas, vassalagem a Jardim na questão da qualidade da democracia. Afinal, não passa de uma provinciana que tem do estado uma visão desfocada. Uma vezes roçando a tacanhez da gestão da república como se da vida doméstica se tratasse, outras vezes ensaiando o discurso do capitalismo moderno em torno das privatizações, precisamente quando o capital suspendeu, para se salvar da crise, esse discurso. Falsa e desfasada, foi o que me pareceu. Para além, claro, de um pouco gasta para estas lides. Chegámos a tão baixo nível que possa vir a ser eleita primeiro-ministro? Luís Capucha
publicado por cafe-vila-franca às 23:07

Setembro 01 2009
Incongruência 1 A incrível Manuela Ferreira Leite apresentou o Programa eleitoral do PSD. Como se esperava, é um vazio completo de ideias e uma mão cheia de preconceitos. Suspende a lógica subjacente às eleições em democracia e apresenta-se aos eleitores sem assumir qualquer compromisso pelo qual venha a ter de responder. Ter-lhe-ão dito os estrategas do partido que para ela o melhor seria apenas montar uma fachada de “seriedade” e parcimónia. Julga que os portugueses estão fartos de palavras e, demagogia em riste, procura a imagem de político de poucas palavras e, nessas, só a verdade. Portanto, um discurso falso sobre a verdade. O problema é que se nota muito. Começaram por notá-lo os grandes empresários – se quiserem, o “grande” capital à pequena escala portuguesa – que são sociologicamente de direita, mas são cosmopolitas e preferem um governo sem ideologia coerente de esquerda mas com muito pragmatismo, ao provincianismo atávico de Manuela. Tanto mais que disso já têm em Belém. O que será, provavelmente, fatal para o PSD. Com a comunicação social totalmente subordinada aos interesses económicos, fica sem a base que o catapultou para possível vencedor. Essa sim, é a imagem que conta: parecer ou não estar em condições de governar. Não está. Contradições da vida política que, no caso do PSD, são o traço dominante. Apenas dois exemplos, ambos a respeito da área da educação. Se em política económica o PSD rompeu com a sua principal base natural de apoio, na política de educação mantém a aliança construída com o PCP, sob a pressão dos protestos de rua, relativamente às matérias determinantes da organização do sistema e dos instrumentos de regulação das condições de exercício da actividade docente. Ameaça rasgar o que tanto custou a construir sabendo que depois não terá nem a força nem a moral para repor nada do que destruirá, se puder. Sem que lhe tenha sido dada a mesma publicidade que a outras matérias, o programa do PSD promete a “liberdade de escolha” das escolas. Em educação isso quer dizer que o estado se demite de regular o acesso dos alunos aos diversos estabelecimentos de ensino, permitindo que estes seleccionem e discriminem, quando podem, os alunos de origem mais humilde. Quer também dizer que o estado passa a apoiar a expansão do ensino privado, financiando os colégios. Essa é aliás a reivindicação do movimento “liberdade de escolha” que representa os interesses privados no ensino, ao qual o PSD cede. Só que isso não fica bem a quem diz que só quer prometer o que pode cumprir. Quer do ponto de vista orçamental, quer do ponto de vista dos recursos humanos, nomeadamente dos docentes, a proposta é actualmente inexequível. Se o fosse, seria profundamente injusta do ponto de vista social. Incongruência 2 Boaventura Sousa Santos (BSS) manifestou, em artigo de opinião publicado na “Visão” de 27 de Agosto, mal-estar por ter sido suspeito de apelar ao voto útil no PS em artigo antes publicado. Reafirmando a sua simpatia pelo BE, BSS escreve, resumidamente, “Nestas eleições o eleitor comum de esquerda será um eleitor relutante de dois tipos: o relutante-desiludido e o relutante-esperançado. O primeiro está desiludido com as políticas do Governo PS e não lhe perdoa que não tenha aproveitado a maioria absoluta para promover políticas de esquerda: diminuir as desigualdades sociais, fortalecer os sistemas políticos de Saúde e de Educação, proteger os direitos dos trabalhadores, garantir a estabilidade das pensões. Confrontar as ideias com a realidade é cada vez menos o ponto forte de BSS. Não vê ele que o sistema de pensões português é hoje dos mais sustentáveis da Europa, devido às políticas conduzidas pelo governo PS, retomando a linha do que tinha sido feito com Ferro Rodrigues e Paulo Pedroso? E não é de esquerda a reforma da educação que conduziu à impressionante queda do insucesso e do abandono escolar ou a recuperação e revalorização da escola pública? BSS coloca-se, pois, no campo do preconceito anti-socialista tão típico na família política da sua simpatia, sempre louvando a diversidade da esquerda mas atacando o PS como se todo ele fosse homogéneo e como se o folclore da Saúde ou a inacção da Justiça (tema evitado por BSS, sabe-se lá porquê) pudessem ser incluídos no mesmo saco das reformas tipicamente de esquerda conduzidas por este governo. Diz mais à frente “(…) a crise devia ter dado ainda mais urgência a estas políticas, financiadas por dinheiro público que não devia ser desbaratado a salvar bancos corruptos.” Francisco Louça faz deste tipo de críticas a base da sua demagogia barata. Mas de BSS espera-se mais seriedade. Podia um governo de esquerda deixar de intervir no sistema bancário num período de crise financeira como o que vivemos? Não é a intervenção na economia num sentido de preservar equilíbrios essenciais, uma das marcas distintivas da esquerda. É e BSS tem a obrigação de o saber. Mas prefere manter o registo fundamentalista típico do BE (a ideia de que existe uma “esquerda verdadeira”, pura, e outra impura, pecaminosa, cheira muito a dogma religioso). Assim, a coberto de uma verdade, faz passar uma acusação gratuita ao governo do PS. Diz o professor que”Quando está no poder, a direita tem dois poderes (sic): o poder político e o poder económico; quando está na oposição, a direita cede o poder político à esquerda mas continua a deter o poder económico. Exerce-o de duas maneiras: influenciando indevidamente os governos que se deixam indevidamente influenciar, como aconteceu com o governo PS; dispondo do poder dos media que hoje são, em todo o mundo, o grande partido-travão das mudanças sociais progressistas”. Acerca do papel dos media o mediático BSS lá saberá o que diz. Mas baralha-se acerca do que é ser de esquerda quando toma por indevido o exercício de influências (ele não especifica se a forma é transparentes ou não), pondo em causa o princípio da concertação social – isto é, o exercício institucionalizado de influências por parte dos interesses de empregadores e de trabalhadores – que é o pilar de uma das maiores conquistas da humanidade, o Estado-Providência. E contradiz-se porque tinha referido atrás que o governo PS andou a exercer poder económico para salvar bancos. Então em que é que ficamos? A maior incongruência de todo o artigo aparece precisamente a respeito do Estado-Providência. Colocando-se na posição do suposto eleitor de esquerda diz que “Ele não vive no médio prazo e sabe que o dano que a direita fará ao já minguado Estado-Providência será desta vez irreversível”. Ora, se alguma tese é conhecida no radicalismo tardio de BSS é a de que em Portugal nunca se chegou a desenvolver um Estado-Providência. Afinal existe. É de louvar a mudança de posição. Diz BSS que não apenas existe como já terá tido melhores dias, pois agora está minguado. Quando foram esses dias? No tempo de Guterres? Não vejo que possa ter sido noutra altura. Mas isso foi há 10 anos, quando apareceu o BE, então como sempre, a dizer que a direita e o PS são a mesma coisa, deixando os eleitores sem escolha para o exercício do poder à esquerda. Sociologicamente estas incongruências compreendem-se. É que a esquerda “queque” unida no Bloco tem a mesma origem social da direita empoleirada no poder económico. São professores universitários, intelectuais (embora estejam longe de deter o exclusivo do mundo intelectual e académico, ou de ser sequer a parte mais relevante, porque essa é a dos que o são por mérito e não por condição), profissionais liberais, empresários. Nasceram nas mesmas famílias bem. Que adoram estes seus “filhos rebeldes” e “críticos”. Não admira, portanto, a sanha anti-socialista, que os anima. Trata-se do complexo de superioridade (eles é que são a “verdadeira esquerda”, não se esqueça) em relação a quem tem de fazer pela vida e por isso não se pode dar ao luxo dos devaneios bloquistas na luta pelo poder com a direita.
publicado por cafe-vila-franca às 11:11

No Café Vila Franca, como nos cafés da trilogia de Álvaro Guerra, os personagens descrevem, interpretam e debatem a pequena história quotidiana da sua terra e, com visão própria, o curso da grande história de todo o mundo.
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