Junho 03 2011

De: Luís Capucha
Para: O Mirante

 

 

Exmo Senhor Director Geral do jornal O Mirante
Sr. Joaquim António Emídio
Na edição de hoje, dia 2 de junho, um vereador da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Rui Rei, resolveu, numa entrevista ao jornal por si dirigido, fazer declarações graves e falsas a meu respeito. Muito agradeço, assim, antecipadamente, a publicação da resposta que anexo.
Cumprimentos
Luís Capucha

 

 

De: O Mirante
Para: Luís Capucha

 

Exmº senhor
 
Luís Capucha
 
O pedido de direito de resposta é aceite e será publicado na próxima edição de O MIRANTE.
No entanto há que dar cumprimento ao estipulado na lei de imprensa (Lei 2/99 de 13 de Janeiro), nomeadamente quanto à sua extensão.
 
Dispõe o nº 4 do artigo 25ª o seguinte: "O conteúdo da resposta ou da rectificação é limitado pela relação directa e útil com o escrito ou imagem respondidos, não podendo a sua extensão exceder 300 palavras ou a da parte do escrito que a provocou, se for superior, descontando a identificação, a assinatura e as fórmulas de estilo, nem conter expressões desproporcionadamente desprimorosas ou que envolvam responsabilidade criminal, a qual, neste caso, bem como a eventual responsabilidade civil, só ao autor da resposta ou da rectificação podem ser exigidas".
 
O nº 1 do artigo 26º, que determina o procedimento a adoptar quando o direito de resposta tiver extensão superior, diz o seguinte: "Se a resposta exceder os limites previstos no n.º 4 do artigo anterior, a parte restante é publicada, por remissão expressa, em local conveniente à paginação do periódico e mediante pagamento equivalente ao da publicidade comercial redigida, constante das tabelas do periódico, o qual será feito antecipadamente ou assegurado pelo envio da importância consignada bastante".
 
Como a parte da  entrevista à qual o senhor responde, tem 175 palavras e o texto enviado para publicação tem 673 palavras. A sua publicação fica dependente do respectivo pagamento.
 
Assim sendo, solicito-lhe que contacte a responsável do sector comercial, Joana Emídio, que lhe dará todas as indicações necessárias para que seja possível dar ordem de publicação do direito de resposta ao sector gráfico de O MIRANTE até às 13h00 de terça-feira, 7 de Junho.
 
Com os melhores cumprimentos
 
O Director Editorial de O MIRANTE
 
Alberto Bastos


 

De: Luís Capucha
Para: O Mirante

 

Caro Alberto Bastos
Julgo totalmente descabido pedir-me dinheiro para repor a verdade num assunto em que o seu jornal deixou que uma mentira grave fosse publicada. O Senhor evoca a lei e a sua forma, como faria um burocrata. Mas eu não convoquei a lei que me dá o direito de resposta, porque julguei que O Mirante estaria interessado em publicar a reposição da verdade por parte do ofendido, que sou eu, sobre o comentário ofensivo que me foi dirigido, independentemente dos termos estritos que a lei define. A reposição da verdade deveria ser critério prevalecente, julgo eu, na comunicação social.
A ser verdadeira a acusação de que fui alvo estaria sujeito a severas penas, que incluem a prisão. Não se trata, por isso, de uma mera questão comercial, mas de um princípio. A meu ver é sua obrigação informar com verdade, e foi para isso que eu contribuí com o artigo que lhe enviei.
Espero que reconsidere a posição que tomou e que aceite a publicação do meu artigo.
Com os melhores cumprimentos
Luís Capucha

publicado por cafe-vila-franca às 21:55

Junho 03 2011

Em entrevista publicada em “O Mirante” de 02 de Junho de 2011 o Vereador da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira Rui Rei, eleito por uma coligação com muitas siglas, militante do PSD, resolveu mimar-me com um ataque baixo. Diz ele, logo nas primeiras linhas: “Fizeram há pouco tempo uma entrevista a um ilustre socialista deste concelho (Luís Capucha, que defendeu que a base sociológica do concelho é de esquerda) que há poucos dias usou o aparelho de Estado para defender o PS com as Novas Oportunidades. Espero que se existir justiça ele venha a ser questionado. Foram feitos contactos directos a um conjunto de cidadãos, não para defender um programa, mas defender um partido e acho isso errado”. Questionado se estava a referir-se aos testemunhos das Novas Oportunidades respondeu (foi a sua segunda resposta) que “Não são só os testemunhos. É a forma como se forçou um conjunto de gente a ir ao Ateneu com Sócrates como resposta à visita de Passos Coelho a Vila Franca de Xira. Participaram funcionários da Câmara, de escolas e uma empresa que deveria ser isenta, a Solvay”.

Vamos aos factos. O Partido Socialista resolveu responder à desconsideração demonstrada por Passos Coelho para com mais de meio milhão de portugueses, ao expressar a sua ideologia elitista e conservadora expressa na declaração de que a Iniciativa Novas Oportunidades certificava a ignorância.

Sou militante e membro da Comissão Política Concelhia de Vila Franca de Xira do Partido Socialista. Nessa qualidade fui contactado por outra militante, Maria da Luz Rosinha, para ajudar a organizar uma sessão pública do PS destinada a denunciar o vil ataque perpetrado por Passos Coelho contra os portugueses que fazem o esforço de melhorarem as suas qualificações, os profissionais que todos os dias, com seriedade e muita dedicação, dão o melhor de si para concretizar o desígnio nacional de melhorar as competências dos portugueses, e às políticas de educação e formação que o governo tem levado à prática. Ajudei a organizar essa sessão no Ateneu Artístico Vilafranquense, na qual participou o secretário-geral do PS José Sócrates, entre muitas outras pessoas que, tanto quanto me foi dado entender a mim e a quantos, em grande número, estavam presentes, quiseram dar o seu testemunho. Falei com três ou quatro camaradas do meu partido no âmbito da organização da sessão, e com absolutamente mais ninguém. Participei na sessão como cidadão e militante do PS, utilizando um dia de férias.

Rui Rei vai ter de provar que eu utilizei o aparelho de Estado como diz, ou terá de assumir que é um mentiroso sem remissão. Não apenas um oportunista político que até de esquerda é capaz de se dizer, mas de facto um reles mentiroso.

Vejo-me obrigado a tornar público este desmentido porque, se tivesse feito aquilo de que sou injuriosamente acusado, teria cometido um grave incumprimento do meu dever de Presidente da Agência Nacional para a Qualificação. Dever esse que em nada colide com o que fiz, a não ser que o vereador esquerdista do PSD alinhe pelo princípio da sua ex-líder partidária que um dia expressou o desejo de suspender a democracia, nomeadamente impedindo-me de ter voz e acção política no meu partido, como cidadão e militante que sou.

Não pretendo polemizar com alguém que não possui estatura para merecer, sequer, o meu respeito. A entrevista é eloquente sobre o tipo de pessoa que a concede. Mas sempre deixo duas notas finais. Em primeiro lugar, compreendo o mal-estar que as declarações de Passos Coelho sobre a Iniciativa Novas Oportunidades causaram à “arraia miúda” do PSD. Sobre isso nada posso fazer.

Em segundo lugar, quero deixar a nota de que se torna clara, ao longo da entrevista, a posição deste PSD acerca dos seus verdadeiros adversários no concelho de Vila Franca de Xira. Pela minha parte, sinceramente, agrada-me ser o alvo dos vitupérios com que Rui Rei resolveu distinguir-me. Mas o gozo que me dá não o dispensa de ter de provar o que disse.

 

Luís Capucha

publicado por cafe-vila-franca às 21:41

No Café Vila Franca, como nos cafés da trilogia de Álvaro Guerra, os personagens descrevem, interpretam e debatem a pequena história quotidiana da sua terra e, com visão própria, o curso da grande história de todo o mundo.
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