Janeiro 17 2015

Há acontecimentos, como o ataque terrorista e cobardo contra o "Charlie Hebdo", que têm a capacidade de trazer para a praça pública ideias que a maior parte das vezes só se pensam ou se confessam em privado. Isto, claro, e esta nota faz toda a diferença, se estivermos num país em que as pessoas podem dizer o que pensam, mesmo que o que pensam seja algo detestável e horrendo para quase todos os outros. É certo que, como é comum, com o tempo o entusiasmo pelo assunto vai-se esbatendo e outros assuntos ocuparão, ainda que só raramente com a mesma presença esmagadora e idêntica intensidade emotiva, o espaço do debate público. Mas alguma coisa ficará sempre na nossa memória, ainda que às vezes não pareça.

Todas as pessoas do meu espaço de relações condenaram o ataque. Mas dentro dessa unanimidade manifestaram-se diversas posições contraditórias. Alguns, como eu, disseram "Je suis Charles", não porque concordassem com o que dizia e desenhava o jornal, mas porque acham que ele tem o direito de o dizer e desenhar. E identificavam-se, nessa frase, com o valor da liberdade de expressão, sem limites. Foi também isto que disse Salmon Rushdie: não podemos limitar a liberdade do Hebdo. Nem de ninguém, está claro. Para mim, e julgo que para muitos milhões, "Je suis Charlie" significa isso e nada mais do que isso. O que já é, por si só, muito importante.

Outros, manifestaram opiniões mais oarecidas com a que recentemente manifestou o Papa Francisco. Condenaram o ataque, mas afirmam que a liberdade de imprensa deve ser usada com responsabilidade e parcimónia, isto é, deve ser limitada, nomeadamente quando toca em sentimentos dos outros tão profundos como a fé religiosa. Claro que o Papa está a advogar em causa própria, a defender os seus interesses e os da sua Igreja, quando defende esta limitação da liberdade de expressão. Mas, se a liberdade de expressão não serve para dizer coisas que podem ser desagradáveis para alguns, para que serve então? Particularmente quando é usada na forma de humor, uma arma que Umberto Eco, em "O Nome da Rosa", já mostrara ser das mais poderosas na luta contra a opressão. Alguém argumentou, com razão, que os países onde há liberdade de imprensa são também países onde existem Estados de Direito e onde, se alguém se sente ofendido e  considera que terceiros excederam os limites, pode recorrer a instâncias encarregues de as defender. Defender a liberdade é também recusar a justiça pelas próprias mãos. Liberdade de expressão castrada, não! 

Entre as pessoas das minhas relações, e até entre alguns amigos, também se manifestou a ideia cretina de que, avisados como estavam da ameaça que corriam, os jornalistas do Charlie Hebdo se deveriam ter contido e evitado falar do Profeta Maomé. Assim, teriam provocado o crime de que foram as vítimas. Trata-se, à primeira vista, apenas de uma ideia cretina. Mas refiro-a aqui porque me parece ser mais do que isso. É um apelo à cedência perante a ameaça terrorista, totalitária, fundamentalista. É o apelo à capitulação pelo medo. Não é por acaso que a extrema direita explorou este mesmo medo, aproveitando para propalar a sua ideologia xenófoba, racista e populista. O medo convém-lhe, porque abre o caminho para a chegada da intolerância e do fascismo ao poder. E depois, quando aqueles que agora condenam os jornalistas e caricaturistas do Charlie derem por isso, será tarde demais. 

Uma quarta posição parte de uma "frase batida": os direitos de uns acabam onde começam os dos outros. Parece inquestionável à primeria vista. Uma análise mais cuidada, porém, levar-nos-á a questionar o relativismo implícito na afirmação. Tudo se passaria como se a liberdade fosse um campo de forças gerido por uma mão invisível que marca a fronteira da liberdade de cada um. A uma escala global, o argumento apareceu, não necessariamente narrado por um conjunto homogéneo de pessoas, na forma da necessidade de compreender que certos valores, como o da liberdade de expressão, são do mundo ocidental, que não os deve querer impôr aos outros. Não é assim. O direito à liberdade é um direito humano. Não pode depender do sítio e do tempo em se nasceu e se vive. É um direito universal. Como muitos outros. O facto de não ser cumprido em grande parte do mundo, tanto no ocidente como no meio e no oriente, no norte e no sul, não o torna menos universal e, portanto, menos válido para uns indivíduos do que para outros. A Declaração Universal dos Direitos do Homem é uma referência absoluta. Não pode depender de particularismo ou de uma suposta divisão da liberdade onde exista um começo para uns que é o fim da dos outros. Por cima dessa "mão-invisível" da liberdade devem estar as leis e as regras de convivência entre os povos e as pessoas. A única maneira de respeitar os outros é respeitar a lei e o direito, nacional ou universal. 

A quinta posição insiste na posição de que entre os que se manifestaram sob a palavra de ordem "Je suis Charlie" estavam muitos algozes exploradores e opressores do povo, criminosos que apenas por cinismo e oportunismo político se afirmavam dissimuladamente de forma contrária a todas as suas práticas. Não posso dizer que não tenham existido casos desses. Mas é preciso notar duas coisas: primeiro, a linha que divide o terrorismo fundamentalista e fanático de todas as outras pessoas é uma linha que deixa muita gente execrável do lado de cá. O mundo não é perfeito e a vida obriga-nos muitas vezes a companhias que não desejaríamos, mas que temos de aceitar; depois, no meio da condenção de um ato bárbaro por milhões e milhões de pessoas, chamar a atenção para a presença das ovelhas ranhosas, é escarnecer, de algum modo, dos que estão de boa fé e, mesmo sem ser santos, não se confundem com os criminosos que se manifestaram, como era seu direito. 

Quem afirma esta última posição diz, ainda assim, coisas que vale a pena reter. Nomeadamente que há muita hipocrisia entre muitos dos que afirmam nas palavras e nas manifestações condenar o terrorismo, mas depois negoceiam com os terroristas ou com quem os financia (e como seria fácil seguir o rasto do dinheiro que chega à AlQaeda e ao Estado Islâmico!). O modo como os países do ocidente tratam a Arábia Saudita é exemplar a esse respeito. Como o é a perseguição de pessoas que manifestaram opiniões (nada mais do que opiniões) de simpatia para com os terroristas e por isso foram presas; a condenação inaceitável de pessoas como Raif a mil chicotadas, só por escreverem em blogues o que pensam sobre a religião totalitária no seu país, a Arábia Saudita uma vez mais; os massacres na Nigéria e em tantos outros países; a usência de liberdade nalguns dos mais poderosos países do mundo, como a Rússia e a China, com os quais o Ocidente se revela tão tolerante, colocando os negócios à frente dos valores; a brutalidade da polícia americana contra os negros; a prisão de Guantanamo, entre tantos outros casos. 

Já agora, vale a pena também insistir no princípio de que a liberdade não é o único valor pelo qual temos hoje, e sempre, de lutar. De resto, o pensamento único  neo-liberal estará sempre na linha da frente a defender a liberdade, embora sabendo na prática que, no mercado, essa liberdade favorece os poderosos e oprime os fracos, sendo a lei e o Estado quem liberta os oprimidos, os pobres e os injustiçados. Os valores da igualdade e da fraternidade, tantas vezes espezinhados quer pelos terroristas quer por muitos dos poderosos deste mundo que se afirmam - e fazem bem em afirmar-se - contra ele, não são menos determinantes. A liberdade sem igualdade e fraternidade é uma falácia, uma conquista incompleta e vulnerável. É da desigualdade e da injustiça que se alimenta o terrorismo e todos os totalitarismos. Que só terão fim numa sociedade mais justa e equitativa. 

Como se constrói essa sociedade? Não existem soluções mágicas. Existem caminhos que têm de se percorrer,e escolhas que têm de se  fazer. Por onde vamos agora, não chegamos lá. Todos os Charlies foram "compagnons de route", e foi importante que fossem tantos. Mas não queremos, de facto, seguir o caminho que alguns dos que lá estavam nos querem impor. A Europa, por ter mostrado já no passado que esse caminho é possível, tem nisso uma responsabilidade particular. Nós, como Europeus, temos de escolher o nosso caminho. E concentrar-nos no essencial (não confundir com unanimismos quanto às soluções e políticas a desenvolver. A divesidade é uma riqueza a preservar e aproveitar). Não misturemos porém as coisas. Sem isso nunca saberemos para onde vamos, pois estaremos sempre a espingardar ineficazmente em todas as direções. Ao Charlie Hebdoo que é do Charlie Hebdo, à luta pela igualdade, pela fraternidade e pela justiça o que pode romper barreiras nessa luta.

publicado por cafe-vila-franca às 20:21

Janeiro 03 2015

Pronto, já entrou 2015. Não é agora tempo para fazer balanços políticos e económicos do ano que passou nem projeções do que está para vir (interpretar situações e tomar posições é quando um homem quiser, como o Natal). Não é por mudar o ano que as coisas mudam. Mais importante nesta época é comemorar a passagem do tempo, celebrar os afetos e afeições, renovar laços. Esta é uma quadra de suspensão dos ritmos quotidianos do trabalho e de diversão. Uma das diversões típicas desta quadra é ir ao circo. O espaço e o tempo do espanto, do riso, do encantamento. O que torna o circo diferente de outros espetáculos e diversões é a variedade. É o conjunto que conta, mais do que a qualidade dos elementos individuais (que porém importa muito, mas só para distinguir uns circos dos outros). Com o devido respeito, o circo está para os espetáculos como o cozido à portuguesa para a culinária tradicional portuguesa. Agora suponhamos (é de coisas absurdas que iremos falar) que um movimento moralista qualquer, convencido de uma suposta superioridade sobre os amantes do cozido, iniciava uma campanha para acabar com a morcela no dito, exibindo por todo o lado imagens do modo como ela é feita a partir do sangue do porco. E que as pessoas, horrorizadas, passavam a apoiar o movimento e os moralistas conseguiam impor a sua versão do cozido sem morcela. Não era o mesmo cozido, pois não? Esse tipo de cruzadas morais ainda não chegou à cozinha, mas já está a produzir mossa no circo. Os movimentos animalistas, na sua cruzada moral (que nenhum animal lhes encomendou ou pediu) destinada a impor a toda a gente o seu ponto de vista sectário,conseguiram que algumas entidades públicas, nomeadamente Câmaras Municipais, alinhassem na proibição da utilização de animais no circo. As intenções não podiam ser mais puras e consensuais: acabar com o sofrimento dos animais. O formato da campanha é o mesmo que utilizam noutros campos, nomeadamente contra a Festa de Toiros (um dia virão todas as outras festas e diversões, porque, como bem mostrava Umberto Eco em "O Nome da Rosa", o riso e a diversão são subversivos e perigosos, diria mesmo pecaminosos). Com as avultadas verbas de que dispõem, montam umas quantas imagens em que aparecem animais a sangrar, ou homens a bater em animais. Retiram-lhes todo o cenário e anulam qualquer elemento de contexto, para assim chocar as pessoas, e divulgam-nas de forma massiva em todos os meios e redes. As pessoas em geral gostam de animais e ficam sensibilizadas. Algumas até horrorizadas. Aquelas imagens chocam diretamente com o seu sentimento. Assim se geram apoios para a campanha dos ativistas que entretanto vão dizendo que preferem os animais às pessoas, que os animais são melhores do que os homens, que os homens carregam todo o mal e os animais - e os animalistas - toda a bondade. Alguns políticos convencem-se que os eleitores passam a estar contra os animais no circo e menos a gostar do circo com animais, mesmo que não possuam disso nenhuma evidência que não seja a que é servida pelo lóbi animalista. Na caça ao voto, declaram-se proibicionistas. E os cidadãos que gostam do circo com animais deixam de o poder ver. Assim, de forma totalmente arbitrária. E irracional! Repare-se que tudo se passa no plano dos sentimentos e das sensibilidades. Nem uma única vez se pede às pessoas para pensar. Pois eu, que gosta de animais - mais de uns do que de outros -, julgo que é preciso pensar, para responder a algumas perguntas. Comecemos pela mais simples: quem é que, no circo, não sofre? Não é dolorosa, feita de sacrifícios, disciplina, dor e estoicismo a preparação de trapezistas, malabaristas, equilibristas, palhaços e domadores? E sofrem em nome das pessoas que vão ao circo porque gostam. Tal como é dolorosa e feita de muito sofrimento a preparação de qualquer atleta de alta competição, para dar apenas um exemplo de um outro campo. Vamos acabar com o circo porque as pessoas que o protagonizam sofrem a preparam-se para conseguir fazer aquilo que o comum das pessoas não é capaz, razão pela qual os admiram? Vamos depois acabar com o desporto de alta competição? Onde iremos parar segundo esta lógica? Responderão os animalistas que as pessoas fazem o que fazem porque querem, porque escolheram fazê-lo, ao passo que os animais são obrigados. O que revela demagogia e uma grande contradição no discurso. Demagogia e hipocrisia na medida em que todos eles sabem que as pessoas são elas próprias e as suas circunstâncias, que as escolhas que fazem são condicionadas pela sua natureza social, pelas suas experiências, gostos e disposições que as levam a escolher fazer aquilo que é preciso ser feito. A livre-escolha é socialmente condicionada e esse condicionamento é condição da liberdade de escolher dentro de um conjunto de regras e de condições que determinam as escolhas. Quanto à contradição, deixemos antes do mais uma nota: a base filosófica dos animalistas, que suporta a sua cruzada contra as outras pessoas, é que os animais com sistema nervoso central também sentem. Mais, dizem: é uma visão errada a afirmação da sua superioridade do homem devido à posse da razão e da capacidade de julgar o bem e o mal. O que importa, segundo esta narrativa, não é a razão, mas a emoção. Assim, os direitos são iguais para todos os animais que sentem. Se assim é, porquê evocar a capacidade de julgar e escolher por parte dos domadores do circo e dos atletas de alta competição (e de muitos outros profissionais das coisas "excepcionais") para os atacar? Não deveríamos apenas julgar a sua emoção e a sua sensibilidade? De onde vem a segunda pergunta: quem disse que os domadores são mais insensíveis, menos humanos, mais violentos, menos civilizados, em média, do que os animalistas ou do que qualquer um de nós? O que eles dizem é que adoram os seus animais, cúmplices da sua vida. Aliás, também duvido que os animais do circo gostem mais dos animalistas do que dos domadores. Tudo indica que o que se passa é o contrário. Não apenas os domadores compreendem muito melhor os seus animais, sem o que não seriam capazes de os levar a fazer o que fazem, como os animalistas não os compreendem de todo. Por outras palavras, a questão não é entre pessoas que gostam e pessoas que não gostam dos animais, mas entre pessoas que toda a vida viveram com eles e pessoas que apenas tentam impôr aos outros as suas maneiras de ver. Não é por acaso que a primeira lei de proteção dos animais de que temos conhecimento foi publicada pelo governo Nazi. Pelos vistos, o monstro Hitler gostava mais de animais do que de pessoas. E era bem conhecida a sua intenção de domar todos os homens submentendo-os à sua vontade. Contra Hitler e o fascismo, eu digo: viva o circo! Uma terceira questão: porque são protegidos alguns animais e outros não? Agora dizem-nos que não podemos separar o homem dos animais pela linha da posse da razão. Somos assim todos iguais, desde que todos tenhamos sistema nervoso central. Mas, pergunta-se, e os outros animais? Qual a razão para substituir uma linha de divisão arbitrária (razão/não razão), por outra que não o é menos (emoção/não emoção)? Porque podemos envenenar melgas e formigas e outros bichos quando invadem o nosso espaço e ameaçam as nossas colheitas, e não podemos domar elefantes, tigres, macacos ou cangurus? De resto, a própria linha que estabelecem os animalistas está cheia de arbitrariedades. Desratizar uma cidade, ou combater uma praga de pombos doentes, não é exterminar animais com sistema nervoso central? Então, vamos proibir essas práticas? Até onde nos leva esta lógica animalista? E, já agora, quem disse que manter um cão fechado em casa é proporcionar-lhe bons tratos? Algum animalista é capaz de promover uma campanha sobre o sofrimento dos cães e outros animais que são mantidos, contra a sua natureza, em apartamentos na cidade? E já agora, não será o amor desses cães pelos seus donos igual ao dos animais do circo pelo seu domador? Em quarto lugar, onde nos pode levar o discurso que afirma a igualdade entre homens e animais? Na Dinamarca foi recentemente publicada uma lei que pune a prática de sexo com animais. O que mais me espanta nessa lei é o que ela revela: que o sexo com animais deverá ser prática corrente na Dinamarca. O que por sua vez me leva a acreditar que na Dinamarca se perdeu a noção da fronteira que divide a cultura e a natureza. Onde nos leva o discurso dos "animais nossos irmãos"? A rutura com a nossa condição de animais com cultura só pode conduzir a práticas típicas das bestas. Quinta questão: quanto vale uma imagem sem o seu contexto de enquadramento? Peço desde já perdão a quem não quero ofender, mas pode alguém deixar de sentir como repugnante a imagem de um homem magro, macilento, ferido de morte, nu, despojado, sangrando pregado numa cruz em que agoniza? Fora do seu contexto sagrado, que lhe dá um significado religioso, essa imagem gerará repulsa. Mas no quadro do Cristianismo é uma representação sagrada de Deus, e o que os Cristãos vêm não é um homem sangrando pregado na cruz, mas Deus oferecendo o seu filho em sacrifício pela sua Igreja. Podemos dar um exemplo com menor suscetibilidade: um bife de vaca é uma coisa suja? Para os vegetarianos, um molho de bróculos é algo repugante? Eu respondo: depende do contexto. Esse bife ou esses bróculos no prato são uma delícia, mas no meio dos lençóis, na cama onde nos deitamos, são nojentos. O mesmo se passa com a imagens de homens e animais: a apresentação de imagens isoladas e colocadas fora do contexto não são verdadeiras, são pura manipulação e demagogia. Por fim, a sexta e última questão: a quem interessa esta demagogia? E quem financia as campanhas dos animalistas? São as indústrias pet, desde os veterinários de animais de companhia até às grandes indústrias de alimentos e produtos para animais de companhia, que repetem sem descanso a mensagem de que os animais valem tanto quanto as pessoas e que tratar bem os animais é consumir os seus produtos. Mesmo que isso implique que milhares de pessoas, incluindo crianças e idosos, vivam neste mundo na mais profunda miséria, enquanto as atenções são atiradas para cima dos homens e das mulheres do circo. Ganham também, e financiam igualmente os extremistas animalistas, as indústrias culturais que vivem da antropomorfização dos animais. O maior exemplo é a megacompanhia Disney. A mensagem que passam é também a da igualdade entre homens e animais, porque os animais aparecem sempre como se fossem pessoas. Não se trata de criar uma ilusão que sabe que o é. O que fazem é passar como realidade a ilusão que criam, o que rende os biliões que rende para os bolsos dos seus acionistas e, ao mesmo tempo, assegura a dominação cultural, nomeadamente no que respeita à relação do homem com a natureza. Uma relação convenientemente distorcida, não vão as pessoas voltar a pensar com a cabeça, em vez de se deixarem inebriar com ilusões.

publicado por cafe-vila-franca às 17:17

No Café Vila Franca, como nos cafés da trilogia de Álvaro Guerra, os personagens descrevem, interpretam e debatem a pequena história quotidiana da sua terra e, com visão própria, o curso da grande história de todo o mundo.
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